Para quem aprecia música à moda antiga
- Carolina Keyko
- 5 de set. de 2015
- 2 min de leitura

Considerada uma peça de museu, a famosa vitrola é um objeto presente apenas em casas de colecionadores ou dotadas de tecnologia na mão dos Dj’s.
Tudo começou com um grande inventor do século 19, o americano Thomas Edison ao criar o fonógrafo, uma espécie de bisavô da vitrola, que rodava discos cilíndricos. Onze anos depois, em 1888, o Gramofone foi criado por Emile Berliner, usando uma agulha em discos de borrachas. No início a vitrola era um artefato usado apenas pela elite, acompanhando o piano, regiam as festas das burguesias.
Com a criação e o sucesso dos “compact discs”, ou dos CD´s, que estouraram no final dos anos 80 e início dos anos 90, acabaram abafando o uso das vitrolas por alguns anos, permanecendo assim até o início do século 21, quando os toca-discos voltaram com tudo, utilizando as mais modernas tecnologias de reprodução aliadas ao design retrô característicos dos reprodutores dos famosos “bolachões”. Atualmente, além de ser usada para decoração, à vitrola é mais uma excelente opção para ouvir seus artistas preferidos com a clareza e a qualidade superior do vinil.
Na década de 1960, o DJ jamaicano Kool Herc foi o primeiro a usar os toca-discos de uma maneira inovadora: além de reproduzir os discos, ele criava “scratchs”, os famosos arranhões produzido pelo atrito no disco, o que deu origem a alguns anos depois o hip-hop (movimento cultural e musical do qual Kool Herc é considerado o pai).
Marceneiro por profissão Marcos Joel aposta seu tempo livre na construção de vitrolas, junto com Hamilton Discos, que atua no ramo há 25 anos, criaram o que pode ser considerada uma das menores vitrolas do mundo com proporções de 17 cm, largura 14cm e profundidade e 10cm de altura. A pequena relíquia roda discos de 7”, 10”, 12” e até 16”; com amplificador interno e com entrada para caixas de som a pequena caixa desperta emoções do passado.
Os dois montaram uma sociedade para montar as vitrolas de acordo com a necessidade do cliente. Para Marcos, a invenção pode “ajudar as pessoas que curtem o som a voltar a ouvi-lo” diz, Para Hamilton “é importante apresentar para as novas gerações como eram ouvidos os grandes clássicos de antigamente e poder despertar nas pessoas a vontade de manter essas relíquias funcionado”, diz. Para completa ambos ficaram satisfeitos com o resultado e não pretende comercializar a pequena relíquia, porém, elaboram outros modelos para venda. Todas as produções são analógicas, ou seja, à moda antiga.
Serviço:
hamiltondiscos@gmail.com
socramjoel@gmail.com

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