Liberdade comemora a 39º edição do Festival das Estrelas
- Carolina keyko
- 10 de jul. de 2017
- 2 min de leitura
Nenhum lugar é mais interessante para quem ama os costumes, culturas e tradições de uma sociedade milenar do que o bairro da Liberdade. Um pedacinho do Japão em terras brasileira honra mais uma vez suas tradições ao realizar mais uma edição do Tanabata Matsuri – Festival das Estrelas.
O evento ocorre nos dias 16 e 17 de julho nas calçadas da Praça da Liberdade e nas ruas Galvão Bueno e dos Estudantes, serão instaladas dezenas de tanabatas, espécie de enfeites japoneses coloridos que simbolizam as estrelas. Nas decorações de bambu, os visitantes são convidados a pendurarem tiras de papel com seus desejos.
Mas afinal o que é Tanabata Matsuri?
Baseado numa lenda ele se teve início há mais de 1.150 anos, na Corte Imperial japonesa, tornando-se feriado nacional apenas em 1603.
No Brasil, o Festival das Estrelas como costuma ser chamado é realizado desde 1979 pela ACAL – Associação Cultural e Assistencial da Liberdade e pela Associação da Província de Miyagi, sempre no mês de julho. No Japão, o festival de Tanabata é realizado em várias cidades, mas o de Miyagui é o mais tradicional, lá ele acontece em agosto, a fim de aproveitar as férias de verão.
A Lenda:

Fonte: http://from-japan-with-love.blogspot.com.br/
Era uma vez, há muito, muito tempo atrás, uma princesa que morava próxima do rio de estrelas, Amanogawa (天の川 Via Láctea). Ela possuía o nome de Orihime (織姫), sendo conhecida por todos como a “Princesa Tecelã”, pois tecia lindas roupas. Contudo, Orihime vivia triste por estar sempre ocupada, não tendo tempo para que pudesse vir a se apaixonar.
O seu pai, o Imperador Tenkou-Sama (天工 Senhor Celestial), percebendo a tristeza de sua filha, decidiu lhe apresentar um jovem rapaz cujo nome era Hikoboshi (彦星 Príncipe Pastor), pois acreditava que ele era o par ideal para a filha.
Os dois se apaixonaram perdidamente, e a partir deste momento, a vida dos dois passou a girar unicamente em torno desse amor, de maneira que eles deixaram de lado os seus afazeres e obrigações do dia a dia.
O Senhor Celestial, entristecido com a irresponsabilidade do casal, tomou a decisão de separá-los, obrigando assim os dois a morarem em lados opostos da Via-Láctea. Entretanto, permitiu que se encontrassem somente uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar, contanto que os dois cumprissem com suas obrigações.
Assim, todos os anos nesta data, a partir da foz da Via Láctea, um barqueiro da lua leva Orihime ao encontro de seu amado Hikoboshi. Entretanto, caso a princesa não tenha cumprido seus afazeres da maneira que deve, o Senhor Celestial faz com que chova, inundando assim o rio e impedindo que o barqueiro possa buscá-la.
Em tais ocasiões, os Kasasagi (grupo de aves) ajudam a princesa a cruzar o rio, formando uma ponte de pássaros sobre a Via Láctea. Na mitologia japonesa, o casal é representado por duas estrelas, uma de cada lado da galáxia, que realmente só são vistas juntas uma vez por ano: Vega (Orihime) e Altair (Hikoboshi).

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