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Muito além dos corpos esculturais de manequins

  • Carolina Keyko
  • 2 de abr. de 2017
  • 3 min de leitura

O que é beleza feminina para você?

Nos últimos anos a mídia tem sido usada para impor um padrão de beleza que remete aos manequins de lojas. Muitas mulheres sofrem ao tentar conquistar aquele corpo perfeito e apelam para cirurgias, academias, roupas modeladoras, param de comer e colocam em risco a própria saúde.

Muitas mulheres não conhecem a trajetória da beleza feminina e acabam não gostando do próprio reflexo e desencadeiam transtornos graves, as mais comuns são:

Anorexia - distúrbio onde a perda de peso é causada por restrição alimentar mais a prática excessiva de exercícios físicos para não ganhar peso;

Bulimia - transtorno onde a pessoa, após consumir calorias desenfreadas, causa ânsias de vômito para eliminar o que comeu;

Sabendo-se disso, vamos dar uma voltinha no tempo e rever as diferenças fases da beleza feminina ao longo dos séculos.

O conceito de beleza seguido pelas mulheres sofre constantes metamorfoses, seja por influência da cultura ou por conceitos históricos, porém, em todos esses momentos, ideia é única, a busca pelo corpo ideal.

Na pré-história, o conceito de beleza feminina estava ligado à questão da reprodução. Mulheres com seios fartos e "ancas" volumosas eram as preferidas pois estavam mais preparadas para dar a luz.

A Vênus de Willendorf é o melhor exemplo das mulheres perfeitas da época, essa pequena estatueta tem 22 mil anos.

Passando pelo Antigo Egito, que detinha os padrões de beleza parecidos com os atuais, como por exemplo a juventude aflorada, traços finos e alongados e corpos esguios estão bem representados uma das figuras icônicas desse país, a Rainha Nefertiti, a bela dama viveu há 3400 anos.

Já os gregos antigos eram conhecidos como deuses quando o assunto é a busca pela perfeição áurea, onde as medidas harmônicas e proporcionais estavam sempre presentes. Nessa época foi criada a Vênus de Milo, um símbolo do padrão grego.

De acordo com registros, as mulheres tinham pele alva, olhos negros, seios pequenos, faces levemente coradas e uma "barriguinha saliente", pois a maternidade era valorizada na época. O corpo para os gregos era reflexo da beleza divina e ao mesmo tempo uma

fonte de pecado.

Renoir, A banhista.

Mas você se engana ao pensar que esse padrão perdurou por séculos. Foi durante o período renascentista, onde os padrões estavam interligados a qualidade de vida elevada das cortes em que a riqueza e a fartura das famílias refletia nas curvas femininas. Nesse período, as "dobrinhas" esbanjadas pelas mulheres eram admiradas, quanto mais cheinha, melhor de vida a dama era.

A partir do século XVII a beleza feminina passa por uma completa transformação, onde formas delicadas eram exigidas, a cintura fininha virou objeto de desejo entre os homens da época, e as belas damas se sujeitavam ao uso de espartilhos apertados.

Durante o século XIX, a burguesia ascende ao poder e as formas avantajadas retomam o centro das atenções. Mas foi no século XX, durante a década de 20, que a maior transformação cultural do corpo feminino aconteceu. Os espartilhos usados pós Revolução Industrial foram substituídos pelos famosos sutiãs.

Foi nas mãos da estilista Coco Chanel (1883-1971) que a figura feminina ganhou uma forma mais fina. A criação e o uso de um vestido preto, eternizado no filme Bonequinha de Luxo (1961), gerou alvoroço e revirou o universo feminino, assim como o uso de calças - peça de uso exclusivo masculino - durante uma aula de montaria.

Durante os anos 40, no pós 2ª Guerra, surgem as Pin Ups, e um do maiores símblos sexuais da época era Marilyn Monroe, amante do presidente dos EUA, J. F Keneddy. O estilo menininha sexy sem ser vulgar predomina até hoje. Um bom exemplo para representar essa moda é a diva Dita Von Teese.

Mas foi em 1958, pelas mão do grande ilustrador Duane Bryers (1911 - 2012), que os padrões novamente se rompem. Surge Hilda, a autêntica representante Pin Ups das mulheres plus size.

A alegre e doce personagem esbanja charme, graça e beleza, provando que alguns quilinhos a mais são, sim, sinônimo de sensualidade.

Atualmente, quem dita o padrão do corpo são as modelos magérrimas ou as fisiculturistas, mulheres malhadas e definidas.

O belo tem inúmeras representações, depende do lugar, cultura e história para ser definido. Antes de qualquer coisa, procure ser saudável e feliz, afinal essa é a verdadeira essência da beleza feminina.

 
 
 

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